Interino falou mais do que fez nos dias que substituiu Cezário - Foto: Renata Barros
Estevão Petrallas encerra no próximo dia 27 de agosto seu período de Presidente Interino da FFMS. Desde que sentou na cadeira de maneira controversa, acumulou problemas, polêmicas e poucas soluções.
Petrallas é vice-presidente da gestão Cezário sem tomar posse de acordo documento registrado em cartório. A falta de posse foi questionada pelo TJD-MS que solicitou interventor por entender que o Estatuto da FFMS, é claro que o Presidente escolhe seu substituto em qualquer situação que esteja afastado.
Procurador Adilson Viegas pediu a CBF que nomeasse um interventor por esta razão, porém, Petrallas apareceu na CBF para convencer Ednaldo Rodrigues que tinha capacidade e legalidade para sentar na cadeira interinamente.
Teve rejeição imediata de todos os dirigentes, menos seu companheiro Nelson Antonio. Segundo dito por vários presidentes, Petrallas falou uma coisa e fez outra.
Pediu ajuda deste cronista que vos escreve logo em sua primeira coletiva quando apareceu do lado do advogado Rafael Meirelles, como se eu tivesse qualquer poder de ajudar ou prejudicar alguém. O papel da imprensa é divulgar as informações que as pessoas não querem que sejam divulgadas. Qualquer atitude contrária, é uma mera assessoria de imprensa.
Dias depois, me detonou em reunião no sul do estado pois informei a situação do Águia Negra que havia sido relatada pelos dirigentes do clube de Rio Brilhante. Na mesma reunião, teve ao seu lado o "indefinido" Silva Junior que me chamou de "aborto da natureza" pois não tenho compromisso com os interesses pessoais de ninguém, apenas com a informação.
Criticou dirigentes publicamente pela atitude de não concordarem com a maneira como ele sentou na cadeira dando nome a cada um, deixando escancaradamente sua insatisfação principalmente com Cláudio Barbosa do Comercial.
Petrallas foi condenado por falta de prestação de contas de 51 mil reais enquanto Presidente do Operário por valor liberado pela Fundesporte em 2016. O processo foi transitado em julgado e o valor corrigido ultrapassa 113 mil reais.
Ao contrário do Presidente Francisco Cezário que responde acusações de corrupção, Petrallas está condenado e conta com a permissividade para presidir de boa parte dos operarianos e torcedores de outros clubes que se revoltavam contra Cezário mas passam pano para um condenado e de parte da imprensa que prefere não se manifestar.
Foi absolvido pelo TJD-MS com Patrick Hernands dando voto de minerva para continuar sua interinidade, indo contra a decisão da Justiça Comum que condenou Petrallas e a Liga Campo-Grandense por falta de prestação de contas.
Foi chamado de usurpador por Alfredo Zamlutti, pois o vice mais velho da FFMS, entendia que ele deveria ser o interino. A frase foi dita no circo montado para decidir se Petrallas continuaria ou não após nomeação da CBF.
Aliás, foi a maior pipocada da história dos dirigentes que sempre disseram "amém" para Cezário e ficaram com medo de perderem a esmola do Governo do Estado mantendo Petrallas no cargo após posicionamento de Marcelo Ferreira Miranda que não deveria estar presente e pediu apoio a quem ele mesmo denunciou anos atrás por falta de prestação de contas.
Em suas diversas falas, cansou de falar "Peço que me dêem um voto de confiança", porém na execução, não fez nada de diferente.
Matéria divulgada pelo CG News, trouxe a tona a tentativa de sua esposa movimentar a conta da entidade sobre a alegação dele não ter tempo de ir ao banco. Será que o Tesoureiro também anda sem tempo?
Anteriormente, a esposa marcou várias reuniões em nome de Petrallas como se fosse funcionária da entidade, mesmo não sendo.
Começou sua interinidade, indo a vários jogos como sempre fez. Nos últimos dias, desapareceu dos jogos do Sub-20 inexplicavelmente.
Aliás, todas as competições na sua gestão apresentaram os mesmos problemas de sempre e coisas absurdas. Jogo cancelado em Corumbá por falta de médico, jogador se machucando no Olho do Furacão, gramado ruim na capital quando a FFMS pode vetar o local e não veta, falta de segurança adequada, violência e até falta de BID para Sub-15 e Sub-17 tendo que retroceder a um sistema antigo que Cezário implantou.
No Arbitral da Série B, deixou os únicos Cronistas que estiveram presente do início ao fim da reunião, do lado de fora da "Casa do Futebol" onde ele mesmo prometeu ser um local adequado para receber todos. Aceitou que equipes apresentassem laudos de estádios fora de suas cidades, como sempre foi aceito todos esses anos.
Permitiu que Naviraiense e Misto participassem do Arbitral sem Prestação de Contas publicadas, mas que moral tem de cobrar um Presidente condenado por falta de Prestação de Contas? Aliás, alguém sabe qual o site do Operário AC e Águia Negra para vermos a Prestação de Contas no site deles como manda a Lei?
Dois times estão com as obrigações administrativas em dia para a disputa da Série B, Comercial e Sete de Setembro, mas Petrallas permite que outras quatro equipes joguem de maneira irregular. Tony Montalvão e Cláudio Barbosa farão o que a respeito? Se não subirem, não adianta chorar depois!
Promoveu mudança do Estatuto da FFMS que entra em vigor apenas em 2027 e que pode a qualquer momento ser modificado pois depende de quem estará na frente da entidade e dos clubes. A falsa promessa de "não haver mais de uma reeleição", já consta no atual Estatuto e foi vendido como uma mudança da gestão de maneira mentirosa.
Assim como Cezário, mostrou preocupação apenas em cuidar de estádios da capital como se o interior fosse insignificante. Em entrevista a Rádio Top FM, falou em pedir a Funesp que a FFMS faça a gestão do Jacques da Luz. Mas e os outros estádios, não merecem uma gestão da FFMS ou Petrallas só acha que a capital é importante para o futebol do estado?
Aliás, será que Petrallas estava no Carecão neste fim de semana na decisão do Sub-20? O local foi palco de violência do funcionário do Operário AC contra o técnico Mateus Sabatine que foi covardemente agredido pelas costas por quem deveria garantir a segurança e foi responsável por ato extremo de violência.
A gestão Petrallas teve o cúmulo da violência atingindo quem está trabalhando e pra piorar, em jogo da base que deveria ser exemplo para muitas coisas. A situação em Caarapó era previsível desde a semifinal quando torcedores do tigre entraram com material proibido no Olho do Furacão e tiveram a omissão da FFMS.
FFMS que divulgou uma nota ridícula após ser cobrada por esse cronista se esquivando de responsabilidade e passando a bola pro TJD-MS e enganando quem não conhece a Lei.
Como a competição é Amadora, a FFMS pode tomar medida administrativa que quiser e o clube recorrer ao TJD. Não poderia se a competição fosse profissional.
A entidade poderia ter feito jogo com portão fechado, poderia ter tirado o jogo de Caarapó, pode vetar torcedor visitante em Dourados ou até mesmo dar o título ao Dourados diante da barbárie ocorrida e o Operário AC que recorra depois, mas Petrallas não tem coragem de bater na mesa e decidir.
Vale lembrar que sob a gestão Petrallas, MS caiu mais uma posição no ranking das Federações e isso ele teve participação direta pois sob sua gestão, o Operário foi lanterna na Série D 2019 e caiu na Copa do Brasil para o Botafogo-PB.
Na última semana, matéria do Midiamax afirma que o Clube Campestre Ypê, que Petrallas é dono e Presidente, irá a Leilão por dívida com o Estado.
Para quem achou bacana a atualização das logos, a mudança de local da sede trocando um aluguel por outro, o folheto do ônibus produzido pela assessoria de Petrallas, nada disso melhorou o futebol que continua com os mesmos problemas apesar da promessa de dias melhores.
Os "Novos Rumos" prometido, foram os mesmos que sempre tiveram pois Petrallas faz parte da gestão Cezário, mesmo que ele tente desvincular sua imagem de quem ele sempre aprovou Contas, aprovou Estatuto e foi ajudado de diversas formas para que o Operário entrasse em campo.
Há menos de dez dias para o fim de sua interinidade, Petrallas terá muita coisa para fazer se quiser cumprir alguma coisa do que prometeu. Tem uma grande oportunidade de mostrar que não compactua com a violência bater na mesa ou passar o pano por estar de mãos atadas com quem o manteve no poder.